A Força do Hábito

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

5h30 - Acordo sem muito esforço porque no dia anterior fui dormir por volta das 22h, mas não levanto imediatamente. Pego o meu celular e navego pelas redes sociais por 10 minutos a fim de conseguir algum ânimo para levantar. Levanto, como uma banana, calço o meu tênis e saio de casa pra treinar.



A regra é me encontrar com os colegas e amigos da Top Sports, mas quando estou com preguiça ou não consigo sair de casa a tempo de evitar um engarrafamento, corro sozinha no parque perto de casa ou bato na janelinha do porteiro do prédio implorando para usar a esteira da academia, pois geralmente ainda não deu o horário de abertura. Afinal, eu PRECISO daquilo.

Eu faço isso há um ano, nem parece que passou isso tudo e não percebi que faço automaticamente.

Meu dia não começa sem uma atividade física. Se eu não corro ou malho, sinto uma enorme sensação de inutilidade tomando conta do meu ser. Já sou naturalmente dramática, calculem o tamanho do estrago.

Não segui direitinho as recomendações da nutricionista durante o ano (sorry, Anna Lou!), mas admito que esse hábito foi ainda mais difícil de quebrar do que o sedentarismo. No entanto, comecei a sentir necessidade de me sentir mais...leve! Acredite, não é uma tarefa muito agradável correr no dia seguinte depois de devorar um prato de batatas gratinadas com queijo e bacon, nachos, molhos, baby ribs e enroladinhos de queijo fritos, tudo isso regado com canecas de chopp. Por isso, passei a evitar comidas gordurosas e carne e a ingerir mais fibras, vegetais e água. Muita água. Não é que está dando certo?

Como consequência, perdi mais dois quilos.

Para continuar correndo, comecei a fazer um reforço muscular, ou seja, malhar. É bem chato no começo, mas depois de um tempo você nem liga mais. Se importa apenas em fazer sua série e ir embora. Dessa forma, ganhei pernas e braços mais torneados! O que também é uma verdadeira novidade.

Para manter um ritmo assim, é necessário ter foco e isso significa não se importar com o que não é necessário. Dessa maneira, passei a não dar bola a algumas bobagens que eu fazia um drama danado. Tudo se tornou mais prático. Acordou? Corra. Obrigações? Cumpra. Errou? Conserta. Simples assim.

A corrida mudou praticamente todos os aspectos da minha vida. Eu devo MUITO a ela. Minhas futuras conquistas com certeza serão consequências do estilo de vida que eu consegui adotar. Isso é tão importante pra mim que luto todos os dias para mantê-la (a corrida). Principalmente quando surgem adversidades, como a mudança de rotina.

A atividade física pode ser um fator crucial para quem deseja mudar hábitos nocivos e é considerado como um "Hábito Mestre", segundo o autor do livro O Poder do Hábito, Charles Duhigg:
Há ainda, segundo Duhigg, os chamados “hábitos mestres”, capazes de desencadear uma série de reações no modo da pessoa organizar sua própria vida. Um bom exemplo de um hábito mestre é o exercício físico. “Quando as pessoas começam a se exercitar regularmente, começam a mudar outros comportamentos que não estão relacionados à atividade física. Passam a comer melhor e a levantar da cama mais cedo. Fumam menos e se tornam mais pacientes. (...) Não está completamente claro porque isso ocorre, mas está provado que exercício é um hábito mestre, que propaga mudanças em todos os aspectos da vida.”

É isso! Para quem deseja começar 2013 adquirindo esse incrível hábito, está aí o meu relato :)

P.S: recebo alguns emails e comentários pedindo dicas de como começar a correr. Sintam-se à vontade. Tenho o maior prazer em acompanhar e ajudar quem dispara o gatilho da mudança. Afinal, a motivação dos outros se torna uma das minhas motivações para continuar a treinar. Beijos!


2 comentários:

  1. Aline disse...:

    Adorei, Fran! E o legal é que cada mudança vai puxando a outra e tudo acontece de forma natural. Acho que assim, devagar e sempre, é mais fácil manter o hábito e as conquistas. Espero que em 2013 a gente continue no caminho certo! bjosss!!

  1. leonardo disse...:

    Parabéns!Gostei muito do blog.
    Acredito que também estou no caminho.

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