Lá - 10km

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Os dias que antecederam a corrida foram tensos, mas nada me poderia me preparar para o dia em si.

Fiz visualização, meditação, respiração e nada de dar 17h, o horário para sair de casa e chegar no Ginásio Nilson Nelson.

A primeira impressão que tive ao chegar no ginásio foi da quantidade de corredores! Tenho certeza que a maioria se esconde aqui em Brasília. Nunca vi tanta gente.

A largada foi muito interessante, as pessoas chamavam o meu nome e nem acreditei que a maioria me reconhecia. Pelo menos com o Leandro Macedo por perto isso era possível, rs.

Fui devagar mesmo porque tinha um longo caminho a percorrer. Só que deu muuuita vontade de acompanhar o pessoal que virou na rodoviária para completar 6 km. Ô, se deu. Assim que passamos desse ponto consegui ver o mar de concreto que me aguardava. Ainda faltavam 7 km.

Senti que estava bem demais ao chegar na virada do Congresso Nacional. Fiquei feliz porque estava dosando melhor minha energia e talvez conseguiria passar a subida da rodoviária sem muitos problemas.

Chegando perto da tão temida subida tomei parte do meu gel (aquele horroroso, mas não tanto porque descobri um sabor legal) e me senti revigorada!

Mas não tem jeito, o cansaço chega em algum momento e foi exatamente no quilômetro 8. Já estava mais perto que longe, então minha cabeça ficou mais tranquila e segui.

Depois de muita cantoria militar (meus amigos Aline e Marcos são fuzileiros navais), carboidrato em gel e muito chão consegui avistar o que parecia o Nilson Nelson. A felicidade e o alívio foram tomando conta de mim e tudo que eu podia fazer era só ter mais um pouquinho de paciência.

Não havia mais nenhum corredor oficial. A maioria estava voltando para casa, satisfeitos com a medalha e deram a força necessária para um último sprint!

Cheguei com 1:35. A última.

No entanto, nada me deixaria mais contente que ver pessoas e familiares queridos me esperando. E que espera, rs.

Apesar de toda a brincadeira, se eu falasse tudo que vou contar aqui com certeza choraria muito. Como eu esbocei uma emoção quando falei com os meus pais pelo telefone, já que estavam longe em um dos momentos mais incríveis da minha vida.

Sou grata por tudo que aconteceu e pelas pessoas que tornaram isso possível, ainda que de forma indireta. Sou grata porque, mesmo com as futuras agruras da vida, vou poder olhar para trás e lembrar que também sou capaz de me superar e ter a mim mesma como exemplo a ser seguido.


1 comentários:

  1. Alexandre disse...:

    Parabéns, Fran! E, na real, ser a última na corrida nem importa, no final você não estava lá mesmo pra competir com ninguém além de você mesma.
    Parabéns!!

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